OLHAR PARA FORA DE SI PRÓPRIO

OLHAR PARA FORA DE SI PRÓPRIO: o que é que eu ganho com isso?¹

Por Nara Maria Müller

Desde muito cedo eu senti esse chamado para ajudar ao próximo. Foi algo que aprendi com a minha avó Anida e com meus pais. A vó Anida sempre teve esse olhar para fora de si própria: quando fazia pão no forno de pedra, tinha o bastante para distribuir aos vizinhos mais carentes. E ela sempre tinha um prato de comida e um copo de água para quem viesse bater à sua porta.

Minha mãe era a enfermeira da rua: quando alguém precisava de injeção, lá ia a dona Elly aplicar, com muito carinho.

Meu pai, o professor Plinio era aquele que, em suas poucas horas de folga, ajudava muitos alunos – até de outras turmas – a entenderem os segredos da matemática.

E assim eu fui crescendo, com esse olhar para fora de mim e sem perguntar o que eu ganharia com isso.

Há alguns anos eu comecei a atuar, voluntariamente no Conselho Regional de Administração. Fui coordenadora da Câmara de Ensino e, hoje, sou a delegada do CRA-RS no Litoral Norte. Mais recentemente, me tornei coordenadora da comunidade católica de São José e diretora administrativa da CDL Tramandaí / Imbé. Tenho esse olhar para fora de mim mesma e quero contribuir com o desenvolvimento da minha cidade, da minha região e com o aperfeiçoamento da gestão das empresas. Quero ver as pessoas se desenvolverem e terem carreiras bem-sucedidas.

O que eu ganho com isso?

Eu fico bem triste quando escuto essa pergunta, de pessoas que poderiam fazer parte de grupos como: Conselhos, associações e clubes de classe, comunidades etc.

O que eu ganho com isso é a certeza de que estou cumprindo a minha missão de vida, ganho o prazer de ver pessoas realizando seus sonhos, de ver empresas se desenvolvendo, de ver a minha cidade com novas perspectivas de um futuro melhor.

De alguma forma, a retribuição sempre vem. Nós e as nossas empresas não nasceram para ficarem ensimesmadas. As redes de apoio estão aí e nós não podemos ficar fora delas.

Pense nisso: O que você faz para melhorar o mundo ao seu redor?

¹Publicado, originalmente na edição 56 da Revista Destaque.

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