Organizando as finanças pessoais para não quebrar com a crise do novo coronavírus e da Covid-19
Por: Nara Maria Müller
O Novo coronavírus, causador da Covid-19, já ceifou muitas vidas no mundo todo. A humanidade está temerosa, tanto pela própria sobrevivência e de seus amores, quanto pela escassez dos meios de subsistência por conta da paralisação das empresas e do isolamento social imposto a todos nós. Como organizar as finanças pessoais para não quebrar com a crise do novo coronavírus e da Covid-19?
Neste artigo, não falarei sobre como aumentar suas fontes de renda, mas sobre como economizar e encontrar formas alternativas para passar por esta crise. Dirijo-me, primeiramente às pessoas que estão sofrendo, de alguma forma, porque são obrigadas a trabalhar já que fazem parte dos serviços essenciais: profissionais da saúde, caminhoneiros, garis, trabalhadores de supermercados, postos de gasolina, policiais, jornalistas, equipes técnicas de internet e telefonia e por aí vai. Mas considero o tema importante, também, para aqueles que estão em suas casas em isolamento social.
Mesmo tendo fontes de renda garantidas, todos correm o risco de gastar mais do que ganham ou perder o controle das finanças pessoais devido ao stress causado pela natureza do seu trabalho, do medo de ser infectado, do medo de perder familiares e amigos, da falta de contato com aqueles que ama. A pessoa também pode perder o controle das suas finanças por acreditar que precisa fazer estoque de comida e outros bens essenciais nesta economia de guerra.
Sim, o tempo que estamos vivendo é semelhante aos tempos de guerra: o novo coronavírus é a munição – e as armas que o disparam são as próprias pessoas. Estas têm de ficar isoladas, e é comum que se percam no controle financeiro.
Muito se tem falado em tirar alguns minutos para meditação ou orações – e é bem claro que a fé é um forte escudo para nos proteger nesta guerra. Mas não basta ter fé, é claro, pois temos de fazer a nossa parte nesta história.
Seguem aí algumas dicas importantíssimas para buscar a sobrevivência da nossa saúde e da nossa economia pessoal:
- Aproveite as pausas para meditação e oração para, logo em seguida, já relaxado, fazer uma linha vertical no meio de uma folha de papel. De um lado, coloque todas as suas receitas do mês: salário ou outra forma de entrada de dinheiro. Do outro lado da linha, liste todas as suas despesas. BÁSICO, não é? Sim, é bem básico, mas a maioria das pessoas não faz.
Some as duas colunas e veja: se o número na coluna de despesas ficou mais alto que o das receitas, você terá de cortar alguma coisa dos seus gastos. Ou encontrar um jeito de ganhar mais, se possível.
O que será menos difícil neste momento: cortar gastos ou ganhar mais dinheiro?
- O que cortar, se tudo parece essencial? Tem financiamentos ou boletos a pagar? Tente renegociar com os fornecedores. Comprou algo que ainda não usou e está pagando? Tente devolver. Tem dívidas com o seu banco? Converse com o gerente e negocie. Negocie o aluguel. E, muito importante, não gaste com as “ofertas incríveis” de itens que você não precisa!
- Aproveite as iniciativas de algumas instituições como as fornecedoras de energia e água, que já empurraram os vencimentos para mais adiante. Mas não gaste esse dinheiro com outras coisas. Guarde-o para emergências ou para pagar itens imprescindíveis. Lembre-se de que você terá de pagar essas contas lá na frente.
- Com base nesse levantamento, elabore um fluxo de caixa para os próximos três meses, cortando os gastos possíveis e reservando um valor para emergência: a reserva contingencial.
Lembre-se: se tiver de optar por comprar aquele item dos seus sonhos ou investir seu dinheiro em alguma forma de poupança, escolha a segunda opção. Ninguém neste mundo sabe até quando teremos de lutar contra o vírus.
Então pare e pense antes de gastar seu dinheiro – o que você tem e o que você não tem.
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Ah! E fique em casa se puder. Quanto menos gente na rua, melhor para todos: os que precisam realmente circular e os que estão em isolamento, pois haverá menos gente transmitindo o coronavírus.